Para que serve a tabela de valores de indenização do Seguro Dpvat?
A Tabela de Valores do Dpvat serve como base para o pagamento de indenizações para as vítimas de acidentes de trânsito.
Sempre que uma pessoa sofre um acidente e tem algum tipo de fratura, essa tabela é usada como referência para o pagamento da indenização.
Valores Máximos pagos pelo Seguro DPVAT
Válidos para acidentes ocorridos até 14/11/2023. Acidentes ocorridos após esse período, não tem cobertura.
Obs: O valor da indenização por morte, é dividido entre os herdeiros da vítima.
Danos Corporais Totais
Valores pagos para lesões permanentes totais, como por exemplo, a perda de um pé, perna, braço, etc.
Danos Corporais Parciais
Valores pagos para lesões permanentes parciais, como por exemplo,um braço quebrado, uma fratura de tornozelo, etc. (Em celulares, gire na horizontal para uma melhor visualização.
Na imagem acima, temos a localização dos principais ossos do corpo humano, assim como, o conjunto que forma os membros inferior direito e esquero e os membros superior direito e esquerdo. A perca de um membro ou de sua funcionalidade, conforme consta na tabela de valores, representa 70% do valor máximo indenizado e pode chegar a até R$ 9.450,00.
A fratura de um osso específico do corpo, desde que não comprometa como um todo, o membro do qual faz parte, tem um valor de indenização inferior, podendo chegar no máximo a R$ 6.750,00, como é o caso por exemplo, da perda de um pé.
No caso de lesões neurológicas, que muitas vezes, acabam atrapalhando a pessoa como um todo, dependendo do grau dessa lesão, a indenização pode chegar a até R$ 13.500,00.
Perdas auditivas, ou seja, da capacidade de ouvir ou perdas de visão de um olho, dão direito à indenização de até R$ 6.750,00, que corresponde a 50% do valor máximo pago pelo Seguro Dpvat.
Porque alguém tem uma fratura grave e recebe um valor baixo?
Existe muita dúvida na hora de saber qual o valor a ser recebido de indenização do seguro dpvat. Conforme você pode ver anteriormente neste artigo, existem algumas referências que servem como base para o cálculo do valor a ser pago.
Contudo, na hora de definir o valor a ser pago para a vítima, o processo é um pouco mais complicado. Muitas vezes, os valores são definidos sem que seja realizada a perícia médica, ou seja, o valor é calculado apenas com base nas informações médicas constantes no prontuário da vítima. Só que, não é raro acontecer, desses prontuários serem incompletos, não possuirem todas as informações necessárias e todo o histórico da vítima. As vezes, o prontuário contem as informações do atendimento inicial e da cirurgia feita somente. Nesse caso, sem a perícia médica, vai ser dificil a vítima receber o valor correto.
Temos conhecimento de casos, onde a vítima perdeu todo o movimento do braço devido a uma lesão de plexo braquial, e a indenização foi negada, alegando que a vítima não teve sequela. Isso porque, no prontuário da vítima, não tinha todas as informações necessárias para que fosse calculado o valor correto.
E não é sempre que é solicitada uma perícia médica para a vítima. Quando a perícia é solicitada é mais fácil de definida a sequela, pois o próprio médico designado pela seguradora vai fazer a avaliação da vítima de forma presencial.
Em muitos casos, a vítima só consegue receber o valor que realmente lhe é devido, através de processo judicial. Nesse caso, é o médico designado pelo juiz que faz a avaliação da vítima. Aqui na ABN Indenizações, é muito frequente termos que recorrer ao processo judicial, porque os valores que são pagos pela indenização, quase nunca são condizentes com a sequela existente na vítima.